João EliasSem a bola, o Vitória marcava numa espécie de 4-4-1-1, com Alex Alves e Pichetti voltando pelos flancos. O posicionamento padrão era em bloco médio-alto, com variação de altura das linhas no início da marcação, podendo ocupar a intermediária adversária ou marcar após o grande círculo central. A primeira onda de pressing, quando ocorria o adiantamento das linhas para pressionar a saída de bola adversária, com Alex Alves e Pichetti avançando nos extremos, era composta pelos médio-extremos e por Paulo Isidoro. O centro-avante Claudinho geralmente marcava os zagueiros ou ainda um dos volantes, quando o mesmo recuava para o sistema defensivo. A zona de pressão na faixa central estava concentrada em cima de Paulo Isidoro, que ficava acima da segunda linha de quatro e flutuava de acordo com a movimentação da bola, combatendo o volante do primeiro passe ou migrando para os flancos para dar superioridade numérica ao Vitória no setor. Um dos volantes baianos, predominantemente Roberto Cavalo se adiantava na intermediária e ajudava Paulo Isidoro na marcação pelo centro. O triângulo de base híbrida formado no centro, compactava o meio-campo, diminuía as opções de passe do adversário e fechava os espaços. Mesmo assim, ainda ocorriam variações na altura dos blocos de marcação, dependendo das situações no decorrer da partida. A marcação era dobrada pelos lados, com Alex Alves e Pichetti dando o primeiro combate e duplicando a marcação caso o adversário progredisse numa jogada buscando o fundo. Porém, quando o retorno dos meias abertos não era assíduo, os laterais Rodrigo e Renato, vulneráveis defensivamente, ficavam em situações complicadas. Quando a jogada ocorria por um flanco, o lateral do lado oposto centralizava e entrava na área para a sobra de bola ou para conter um lançamento invertendo de um lado pro outro.

O Vitória sempre buscava a retomada de bola na segunda metade da cancha para ligar o contra-ataque em alta velocidade. Alex Alves, Pichetti, Paulo Isidoro e Claudinho eram as principais "válvulas de escape" da equipe pra essa transição defesa-ataque. Ou até mesmo o volante Roberto Cavalo, de ótimo passe, agilidade e capacidade de projeção ofensiva. Geralmente apostava-se em lançamentos em profundidade ou trocas de passes rápidas e dinâmicas, quando a defesa adversária não conseguia fazer a recomposição a tempo de evitar maiores estragos.

A principal vulnerabilidade era o espaço deixado pelos laterais em suas costas para os contra-golpes do oponente. Geralmente só ficavam três ou quatro jogadores lá atrás, já que o volante Roberto Cavalo saía bastante. Por vezes, um dos laterais ficava mais contido, devido à alternância entre Rodrigo e Renato no apoio ao ataque.

04.09.2013